Muito mais do que um feriadão prolongado, o Dia do Trabalho representa um momento de reflexão sobre a situação dos trabalhadores no mercado brasileiro, envolvendo a valorização salarial e outros benefícios para a categoria em geral.
E essa batalha pela valorização trabalhista é antiga desde o dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos.
De acordo com alguns relatos históricos, mais de 1 milhão de trabalhadores americanos saíram às ruas para protestar, e a maioria foi presa pela polícia. Com a repercussão dos protestos realizados nos quatro anos seguintes, o Congresso americano votou e aprovou a lei que fixava a carga horária de trabalho em oito horas. Antes disso, eram comuns jornadas de mais de 14 horas.
Um ano antes, em Paris, aconteceu a Segunda Internacional Socialista, onde um congresso decidiu escolher essa data em memória aos protestos de Chicago de três anos antes.
No Brasil, a chegada dos europeus no fim do século XIX e começo do século XX trouxe com eles os ideais de luta trabalhista. A Greve Geral de 1917 ajudou a pressionar o governo pela mudança no cenário operário. Em 1925, o então presidente Artur Bernardes decretou o Dia do Trabalhador, como também é chamado, em 1º de maio. A maior mudança, no entanto, veio bastante tempo depois, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em 1º de maio de 1943 (sim, a data foi escolhida propositalmente), Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 5.452 garantindo direitos básicos, como salário mínimo e duração da jornada de trabalho.
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